quinta-feira, 16 de setembro de 2010

FESTIVAL DE CENAS CURTAS 2010

quinta-feira, 29 de abril de 2010

ARTIGO

O medo, a mentira e os especialistas

por Roberto Gonçalves de Lima*

“O PT é um partido contra a liberdade de expressão. Não há dúvidas em relação a isso. Mas no Brasil vivemos um debate democrático e o PT, por intermédio do cerceamento da liberdade de imprensa, propõe subverter a democracia pelos processos democráticos”- Denis Rosenfield.
“A idéia de controle social da mídia é oficial nos programas do PT. O partido poderia ter se tornado social-democrata, mas decidiu que seu caminho seria de restauração stalinista. E não por acaso o centro desta restauração stalinista é o ataque verbal à liberdade de imprensa e expressão” - Demetrio Magnoli.

Essas duas afirmações foram feitas por dois senhores, generosamente chamados por uma parte da mídia de “especialistas”, durante o “1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão” organizado pelo Instituto Millenium. Evento que ocorreu no final de março passado e que teve por finalidade pactuar a estratégia da mídia em relação à candidatura do PT à presidência da república.

Qualquer um que tenha vivido no Brasil nos últimos trinta anos sabe que as afirmações são completamente mentirosas, assim como sabe que ambos “especialistas” não são exatamente pesquisadores isentos, ou mesmo acadêmicos amplamente reconhecidos, e sim, digamos, parceiros dessa mídia que defendem, mesmo que para isso sejam levados a afirmar algo em que, talvez, nem eles mesmos acreditem.

O que dizem, portanto, não é resultado de profundos estudos e não pode ser comprovados por fatos, mas apenas um enunciado que tenta organizar o discurso da tropa e basta acompanhar o que diz essa parte da nossa mídia comprometida com a candidatura tucana para avaliar sua eficiência.

O que importa nessas frases é o fato de demonstrarem parte das estratégias que pretendem adotar contra o cada vez mais evidente favoritismo de Dilma Russeff nas próximas eleições presidenciais: a primeira é a velha e batida “repetição gera reputação” e a segunda pode ser definida como “vou explicar para te confundir”.

A idéia central da primeira estratégia é afirmar e reiterar, quantas vezes for preciso, em todos os meios de comunicação disponibilizados pela Direita, que Dilma e o PT são stalinistas, comunistas, comedores de criancinhas, que vão fechar jornais, fechar televisões, obrigar todo mundo a tomar óleo de rícino em jejum, enfim.

Na verdade, o resultado esperado com essa cantilena irresponsável é criar fundamento para um possível golpe de Estado que adorariam dar, um dia, já que prevêem que, nas urnas, serão novamente rechaçados. Já tentaram dar esse golpe com o embuste do “mensalão” e não deu certo. O que rábulas como esses citados aí em cima fazem é apenas criar uma espécie de “falsa jurisprudência” para, supostamente, justificar o eventual uso da força.

Mas a população brasileira conhece suficientemente o PT e sabe que ele foi criado no bojo do processo de redemocratização do Brasil, e só cresceu e se tornou alternativa real de poder, na medida em que soube aprofundar seu compromisso com a democracia.

O povo brasileiro percebe todos os dias, há muitos anos, que o PT não só nunca ameaçou, como nunca deixou que ameaçassem a democracia e o Estado de Direito nos milhares de governos que vêm ocupando desde 1982.

Para muitos da minha geração, no início dos anos oitenta o PT significou tanto uma oposição à Direita, quanto a uma opção àquela Esquerda que não tinha real compromisso com a democracia e, creio eu, isso continua válido ainda hoje, muito embora a experiência do PT venha indicando um caminho em direção ao socialismo democrático para muitos partidos políticos e movimentos populares em todo o mundo.

A outra manobra tentada pelos “especialistas” citados acima consiste em forçar similitudes entre conceitos totalmente diferentes, ou mesmo contraditórios, como se criassem novos verbetes para um dicionário escrito ao gosto da própria conveniência.

Dessa forma, controle social deixa de ser o direito que a cidadania tem de acompanhar e interferir em tudo que o Estado faz, diretamente ou por meio de outorgas e concessões, criando assim o espaço público, para se transformar em instrumento de coerção da “liberdade de expressão”, conceito que, por sinal, virou sinônimo exclusivo de “liberdade empresarial”.

Se Lula e Dilma inauguram uma obra, isso é campanha, se Serra faz campanha está trabalhando. As obras de contenção às enchentes em São Paulo são um sucesso comprovado, não fosse essa gentinha que insiste em jogar sofá na rua. Bobagem é esse PAC, que só empenha, empenha, empenha e não paga, bobagem é o Bolsa Família e o aumento real do salário mínimo, que tiraram milhões de brasileiros debaixo da pesada linha da miséria.

Tudo se passa mais ou menos assim: “o que Lula faz não foi feito por ele e sim por FHC, na verdade, Lula é FHC e não sabe, portanto, se você vai votar no candidato do Lula esse candidato é o Serra, já que Lula é FHC que apóia Serra, ou seja, o candidato do Lula. Entendeu? Não? Povinho burro”.

Tenho certeza que não vai dar certo. Tenho certeza que vão levar uma senhora aula de história do povo brasileiro que lhes dirá: “as conquistas do governo Lula e do Partido dos Trabalhadores não pertencem só a eles, são nossas. É a nossa luta, a luta do povo brasileiro pela transformação desse país em uma verdadeira democracia republicana que a eleição de Lula e do PT representaram, e sabemos que agora, só a eleição de Dilma pode consolidar e avançar na direção certa”.

E nós do PT, diante da violência gratuita e infundada desses senhores, diante do deliberado desrespeito ao nosso direito de nos organizarmos em partidos políticos e disputarmos republicanamente as eleições, diante de tudo isso só podemos dizer: “discordo de tudo que você diz, mas fui eu quem lutou pelo direito que você tem dizer as besteiras que quiser, e não esses jornais e revistas em que gente como você escreve mentiras bem remuneradas, que durante a ditadura estavam coniventes ou acovardados”.

A Direita tenta trazer essa eleição para a dimensão da sua própria mediocridade, alimentando o medo por meio da disseminação da mentira que sai da boca de seus “especialistas”.

Precisamos recolocar o debate na altura que o povo brasileiro merece. Vamos mostrar que temos projeto, que nosso projeto foi construído pelo povo brasileiro no enfrentamento de séculos de dominação, vamos mostrar que nosso partido é fruto dessa mesma construção histórica do povo brasileiro e vamos vencer o medo e a mentira novamente, e a nossa estratégia é a verdade.

*Roberto Gonçalves de Lima é dramaturgo e gestor cultural.

Clique no link abaixo e veja o artigo na sua página original.

http://www.pt.org.br/portalpt/secretarias/cultura-15/artigos-137/o-medo-a-mentira-e-os-especialistas-por-roberto-goncalves-lima-4045.html

terça-feira, 20 de abril de 2010

FESTIVAL DE RUA 2010


“Se essa rua fosse minha...
eu era rei ou a rainha, ouvia musica e dançava de olhos fechados, andava de burro, pintava as paredes de todas as cores, brincava a sorrir,cuspia fogo e apaixonava,casava. Enchia as ruas de criança”

Festival de Rua é o evento de abril da agenda anual da ARCA (Ponto de Cultura Cidadãos Artistas). Abril que é o mês de aniversario da nossa Associação.

O Festival de rua é a reunião de todos os quais a rua necessita para fazer arte.

O Festival de Rua vê a rua como artéria da cultura, não acreditamos na falsa cidadania dos “shopping centers”, do publico se submetendo aos espaços privados.

Cremos sim numa rua vigiada por palhaços, onde malabaristas organizam o transito e pirofagistas iluminam nossa passagem, Cremos nos muros como livros com mensagens ainda incompreensíveis, mas não para sempre.

Só acreditamos na verdade dos mágicos prestidigitadores.


dia 24 de abril
a partir das 14h
nas ruas centrais de Ribeirão Pires
Texto - OTONI

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

VIRADA ENCENADA


Dia 23 de janeiro à partir das 19h.
Local: ARCA - Av Humberto de Campos, 576 - Vila Ema
Ribeirão Pires

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

TODOS POR UM



Em janeiro acontece o primeiro evento do ano promovido pela ARCA o TODOS POR UM.
Como os mosqueteiros POR Dumas, alem como era no princípio. Que princípio? Oras TODOS os princípios são UM. Agora que nos explicamos vamos TODOS POR UM.

Atrizes, bailarinos, poetas, desenhistas, escritores, artistas plásticos, artistas da rua, artistas do mundo e do sub mundo, das praças e dos becos, desde os malucos que acham que vão mudar o mundo aos mais insanos que esperam mante-lo assim como esta. São Todos Por UM.

Nascido em Ribeirão Pires como encontro teatral onde os grupos se revezavam entre bilheteria, divulgação, iluminação, etc enquanto as apresentações de suas peças iam se sucedendo. Todos esses esforços foram embrião de UM evento que a ARCA realiza já POR tantos anos.

São todas as manifestações artísticas disponíveis em um momento de TODOS os artistas POR UM outro mundo possível.

Queremos um evento como obra artística onde o UM signifique o EU e o eu somos nós.